"Longe é um lugar perto que se chega com paciência."
(Fábio Ibrahim El Khoury)

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Krishnamurti - Não existe caminho para a verdade



Não existe caminho para a verdade


Quando você fala de um caminho para a verdade, isto implica que a verdade, esta realidade viva, não está no presente, mas em algum lugar na distância, algum lugar no futuro. Agora para mim, verdade é realização, e para a realização não pode haver caminho. Assim parece, ao menos para mim, que a primeira ilusão em que você fica preso é este desejo de segurança, este desejo de certeza, esta busca de um caminho, um meio, um modo de viver através do qual você pode alcançar a meta desejada, que é a verdade. Sua convicção que a verdade existe apenas num futuro distante implica imitação. Quando você pergunta o que é verdade, está realmente pedindo que lhe digam o caminho que leva à verdade. Então você quer saber que sistema seguir, que modelo, que disciplina, para ajudá-lo no caminho da verdade. Mas para mim não existe caminho para a verdade; a verdade não é para ser compreendida através de nenhum sistema, através de nenhum caminho. Um caminho implica uma meta, um fim estático, e, portanto, um condicionamento da mente e do coração para esse fim, o que necessariamente demanda disciplina, controle, ganância. Esta disciplina, este controle, se torna um fardo; ele lhe rouba a liberdade e condiciona sua ação na vida diária. Inquirir pela verdade implica uma meta, um fim estático que você está buscando. E você estar buscando uma meta mostra que sua mente está à procura de segurança, certeza. Para alcançar esta certeza, a mente deseja um caminho, um sistema, um método que ela possa seguir, e essa segurança você pensa encontrar condicionando a mente e o coração pela autodisciplina, autocontrole, supressão. Mas a verdade é uma realidade que não pode ser compreendida seguindo algum caminho. A verdade não é um condicionamento, um molde da mente e do coração, mas uma constante realização, uma realização em ação. Que você pergunte pela verdade implica que você acredita num caminho para a verdade, e esta é a primeira ilusão em que você está preso.

Krishnamurti - The Collected Works Volume I Adyar 5th Public Talk 2nd January, 1934

Satyaprem - des-ilusão: portal para satsang





des-ilusão: portal para satsang

Estar em Satsang é estar no vazio da ausência das crenças.
É estar no ponto onde não há necessidade de crer no que quer que seja,
pela mera investigaçao de cada crença, dando-se conta de que toda crença é condicionada.
Toda crença tem uma condição pela qual ela exista, tem uma função.
Surge para manter um estado de realidade das coisas, que não é o seu estado natural.
Se você entender a diferença entre natural e artificial, vai entender que o estado natural das coisas
é absolutamente anterior a sua existência, é anterior a qualquer condição que seja posta.

Investigando os conceitos na sua mente, é possível que entre em contato com um oceano tão vasto
de crenças não investigadas, que lhe façam pensar: “Como parar de acreditar nas coisas que eu acredito?”
Para talvez tornar mais palpável o que estou dizendo... hoje mesmo, abri uma revista
e numa das matérias alguém estava falando do “Encontro das mulheres desiludidas”.
Mas ninguém se deu conta de que as mulheres e os homens, em geral, estão iludidos.
Quando você perde algo ou alguém, você entra num grande processo de desilusão.
Na nossa cultura olhamos para isso e dizemos: “A coitada, está desiludida com o marido. A coitada, está desiludida com os relacionamentos”.
Ora! Vejamos de uma forma positiva: “des-iludir-se” é entrar em contato com a realidade.
Mas dentro da lógica à qual todos estão condicionados, entrar em contato com a realidade é algo absolutamente não-desejável.

Cada desilusão na sua vida é um portal para o Satsang acontecer.
Revela que você estava projetando algo em alguém ou num dado fenômeno, numa determinada condição...
e o que esperava não veio a acontecer. A tendência da mente é trocar de pessoa, de objeto, mas continuar com a ilusão.
Veja como você faz... Troca de carro, troca de namorado, troca de terapeuta, troca de emprego... está sempre projetando a sua realização nas mãos de algo ou alguém.

Se você olhar para Satsang, de verdade, vai ver que a sua realização não está nas mãos de ninguém,
que, inclusive, não pode ser projetada no futuro.
Você só pode ser quem você é, aqui e agora.
E uma vez que isso seja realizado há a tendência de que você sofra uma série de “des-ilusões”.

Se você olhar do ponto de vista cultural condicionado, ao conversar com sua mãe sobre a não existência do Papai Noel,
ela, certamente, sentirá muita pena de você. Mas se compartilha com alguém que já realizou o mesmo, ele dirá:
"Que bom! Finalmente você está acordando para aquilo que é”.
 

  

Satsang é um confronto, um confronto de você com seus conceitos. Deixe-me dizer de outra forma: Satsang não é confronto com seus medos, Satsang é encontro com a verdade, e a verdade é absolutamente livre de medos.


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Senhor, qual é sua ideia sobre um novo mundo?




Senhor, qual é sua ideia sobre um novo mundo?

Interrogante: Senhor, qual é sua ideia sobre um novo mundo? Krishnamurti: Não tenho ideia sobre um novo mundo. O “novo” mundo não pode ser novo se eu tenho uma ideia sobre ele. Esta não é apenas uma afirmação astuciosa, é um fato. Se eu tenho uma ideia sobre isto, a ideia nasceu de meu estudo e experiência, não é? Ela nasceu do que eu aprendi, do que li, do que outras pessoas disseram sobre como seria um novo mundo. Assim, o “novo” mundo nunca pode ser novo se ele é uma criação da mente, porque a mente é o velho. Você não sabe o que vai acontecer amanhã, sabe? Você pode saber que não haverá escola amanhã porque é domingo, e que na segunda-feira você vai para a escola novamente, que tipos de sentimentos você vai ter, que tipos de coisas você vai ver – nada disso você sabe, não é? Porque você não sabe o que vai acontecer amanhã, ou na próxima manhã, quando acontecer será novo; e ser capaz de encontrar o novo é o que importa.

Krishnamurti - Life Ahead Part Two Chapter 1


DIÁLOGO COM SÓCRATES

Um dia, em Delfos, alguém perguntou a Sócrates:
- Mestre, que é saber ?
-É não saber.
-Que é não saber?
-É conceber verdades mais altas que não interessam à maioria das pessoas.
- Que significam essas verdades?
- Eu te respondo: é o transcendente, considerado utópico.
- A que leva essa conquista?
- Ao conhecimento de si mesmo.
- Que é si mesmo?
- A miniatura de Deus, por assim dizer.
- Mas, que é Deus?
- A luz mais profunda da sabedoria, digo melhor, da própria vida.
- Volto à pergunta original: que é saber?
- Respondo com outras palavras, sem pretensão de dizer tudo: saber mesmo constitui mergulho no silêncio, que é música, a música que só pode e só deve ser sentida, e, nunca definida ou formalizada.
- Mestre, como posso transmitir tudo isso aos outros? Quero ser útil...
- Sendo tu mesmo, isto é, reassumindo tua função no Universo, comunicando naturalmente na linguagem inarticulada do amor em ação, que vale a pena viver dando o melhor pela felicidade de todos.


TAGORE

Krishnamurti: Porque nos magoamos

Jiddu Krishnamurti
 


Porque nos magoamos

Na mesma varanda, com o perfume do jasmim e a flor vermelha da árvore alta, havia um grupo de moças e rapazes, de rostos brilhantes e aparência extraordinamente jovial. Um dos membros do grupo perguntou:

I – Alguma vez você fica magoado, senhor?

K – Fisicamente, você quer dizer?

I – Não é bem isso. Não sei como expressá-lo em palavras, mas sentimos em nosso íntimo que as pessoas podem nos causar mal, ferir-nos, fazer-nos infelizes. Alguém diz qualquer coisa e nós nos encolhemos. Refiro-me a isso quando falo em nos magoar. Todos nos magoamos uns aos outros desse jeito. Alguns o fazem deliberadamente, outros sem o saber. Por que ficamos magoados? É tão desagradável!

K – A mágoa física é uma coisa, e a outra é muito mais complexa. Se você for magoado fisicamente, saberá o que fazer. Irá procurar um médico e ele tentará curá-lo. Mas se a lembrança da mágoa persistir, você estará sempre nervoso e apreensivo, o que criará uma forma de medo, justificado pela permanência da lembrança da mágoa passada, que não quer ver repetida. Isso é perfeitamente compreensível e o medo pode tornar-se neurótico ou ser tratado de modo sadio, sem excessiva preocupação. Mas a outra mágoa, a interior, necessita de cuidadosa análise. Precisamos aprender muita coisa sobre ela.
Em primeiro lugar, por que você fica magoado? Desde a infância, este parece ser um fator importante em nossas vidas: não se magoar, não ser ferido por outra pessoa, por uma palavra, por um gesto, por um olhar, por uma experiência. Por que nos magoamos? Porque somos sensíveis, ou porque temos uma imagem de nós mesmos que precisamos proteger, que sentimos ser importante para a nossa existência, uma imagem sem a qual nos sentimos perdidos, confusos? Existem as duas razões: a imagem e a sensibilidade. Compreendem o que queremos dizer com o sermos sensíveis tanto física como interiormente? Se forem sensíveis e um tanto tímidos, retrair-se-ão em si mesmos, erguerão um muro ao redor de si mesmos, a fim de não serem magoados. É o que fazem, não é? Uma vez que tenham sido magoados por uma palavra ou por uma crítica, que os tenham ferido, passam a construir um muro de resistência. Não querem continuar vulneráveis. Vocês podem ter uma imagem, uma idéia de si mesmos de que são importantes, de que são inteligentes, de que sua família é melhor do que as outras, de que disputam jogos melhor do que outros. Vocês têm essa imagem de si mesmos, não têm? E quando a importância dela é posta em dúvida, abalada ou despedaçada, vocês se sentem muito magoados. Há autopiedade, ansiedade, medo. E se o fato se repetir, construirão uma imagem ainda mais forte, mais afirmativa, mais agressiva, etc. Vocês se protegem para que ninguém os perturbem, o que também significa erguer um muro contra qualquer invasão. De modo que tanto o sensível quanto o que faz a imagem produzem os muros de resistência. Sabem o que acontece quando erguem um muro à sua volta? O mesmo que acontece quando constróem um muro muito alto em torno de sua casa. Não vêem os vizinhos, não recebem a luz do sol em quantidade suficiente, vivem num espaço muito reduzido com todos os membros de sua família. E, não tendo espaço bastante, começam a mexer com os nervos uns dos outros, brigam, ficam violentos, desejam ir embora e se revoltam. E se tiverem dinheiro suficiente e suficiente energia, construirão outra casa com outro muro em torno dela, e assim por diante. A resistência implica falta de espaço e é fator de violência.

I – Mas - perguntou um deles – não devemos proteger-nos?

K – Contra o quê? Vocês devem se proteger, naturalmente, da doença, das chuvas e do sol; mas quando perguntam se não devemos nos proteger, não estarão pedindo para erguer um muro a fim de não serem magoados? Pode ser seu irmão ou sua mãe a pessoa contra a qual erguem o muro, pensando em se defender; no fim, porém, isso conduz à sua própria destruição e à destruição da luz e do espaço.

I – Mas – acudiu uma moça de longos cabelos trançados – o que devo fazer quando me magoam? Sei que estou magoada. Eu me magôo com muita freqüência. Que devo fazer? O senhor diz que não se deve erguer um muro de resistência, mas não posso viver com tantas mágoas.

K – Compreenda, se me permite questionar, por que está magoada? E quando se magoa? Olhe para aquela folha ou para aquela flor. É muito delicada e sua beleza está na própria delicadeza. É terrivelmente vulnerável e, no entanto, vive. E você, que se magoa facilmente, acaso se perguntou quando e por que se magoa? Por que você se magoa – quando alguém diz alguma coisa de que não gosta, quando alguém é agressivo, violento com você? Por que você se magoa? Se se magoar e erguer um muro em torno de si mesma, o que significa retraimento, você passará a viver num espaço muito pequeno dentro de si mesma. Nesse espaçozinho não haverá luz nem liberdade e, assim, será mais e mais magoada. Por isso mesmo a questão se resume em saber se você é capaz de viver livre e feliz, sem ser magoada, sem erguer muros de resistência. Essa é a questão importante. Não a maneira de reforçar os muros nem o que fazer quando há um muro ao redor de seu espaçozinho. Portanto, há duas coisas envolvidas nisso: a lembrança da mágoa e a prevenção de mágoas futuras. Se essa lembrança persistir e você lhe acrescentar novas lembranças de mágoas, o seu muro se tornará mais forte e mais alto, o espaço e a luz se tornarão menores e mais embaçados, e haverá grande sofrimento, uma autopiedade cada vez maior e muita amargura. Se você vir com bastante clareza o perigo disso, sua inutilidade, a lástima que isso é, as lembranças passadas se desvanecerão. Mas você tem de ver isso como veria o perigo de uma cobra venenosa. Você sabe que o perigo é mortal e não se aproxima dele. Consegue ver da mesma forma o perigo das lembranças passadas com suas mágoas, seus muros de autodefesa? Consegue ver realmente, assim como vê esta flor? Se o vir, ele inevitavelmente desaparecerá.
Assim, você já sabe o que fazer com as mágoas passadas. E como olhará as futuras? Não será construindo muros. Isso é claro, não é? Se o fizer, será cada vez mais magoada. Observe com cuidado, por favor. Sabendo que você poderá ser magoada, como impedirá que a mágoa ocorra? Se alguém lhe disser que você não é inteligente nem bonita, você se sentirá magoada, ou zangada, que é outra forma de resistência. Ora, o que você pode fazer? Você viu como as mágoas passadas se desvanecem sem o menor esforço; viu porque ouviu e prestou atenção. Agora, quando alguém lhe disser alguma coisa desagradável, fique atenta; preste muita atenção. A atenção impedirá que a mágoa atinja o alvo. Você compreendeu o que queremos dizer com atenção?

I – O senhor quer dizer concentração, não é?

K – Nâo exatamente. A concentração é uma forma de resistência, uma forma de exclusão, um fechamento de porta, uma retirada. A atenção é algo muito diferente. Na concentração há um centro de onde se realiza a ação da observação. Onde há um centro, o raio de observação é muito limitado. Onde não há centro, a observação é vasta, clara. Isso é atenção.

I – Receio que não compreendemos nada disso, senhor.

K – Olhem para aquelas colinas, vejam a luz que as inunda, vejam as árvores, ouçam passar o carro de bois; vejam as folhas amarelas, o leito seco do rio, o corvo sentado no galho. Olhem para tudo isso. Se olharem a partir de um centro, com o seu preconceito, seu medo, sua simpatia e sua antipatia, não verão a vasta extensão da terra. Seus olhos estarão enevoados, terão ficado míopes e a sua visão será deformada. Não podem olhar para tudo isso, para a beleza do vale, para o céu, sem o centro? Pois isso é atenção. Portanto, ouçam com atenção e, sem o centro, a crítica alheia, o insulto, a raiva, o preconceito alheios. E porque não há centro nessa atenção, não há possibilidade de serem magoados. Mas onde há centro, a mágoa é inevitável. E a vida se torna um grito de medo.

O Começo do Aprendizado – Editora Cultrix
Titulo do Original – Beginnings of learning


Abaixo, um vídeo para apreciação...


É possível nunca ser magoado?
Extrato da palestra de Krishnamurti realizada em Ojai, legendas em portugues.

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ICK

Gasparetto: Pare de esperar algo de Alguém. Espere algo de si mesmo

Saiba mais sobre Luiz Antonio Alencastro Gasparetto


Pare de esperar algo de Alguém. Espere algo de si mesmo

 


"Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço". 
Gasparetto

Krishnamurti: "fofoca"

Fofoca

Alfredo Volpi (1896-1988)

Pergunta: A fofoca tem valor na autorevelação, especialmente ao revelar os outros a mim. Seriamente, por que não usar a fofoca como meio de descobrir o que é? Eu não fico arrepiado com a palavra “fofoca” apenas porque ela tem sido condenada durante anos. Krishnamurti: Por que será que fofocamos? É porque isto revela os outros a nós? E por que os outros nos deveriam ser revelados? Por que você quer saber dos outros? Por que este extraordinário interesse nos outros? Em primeiro lugar, por que fofocamos? É uma forma de inquietação, não é? Como o tédio, é uma indicação de uma mente inquieta. Por que este desejo de interferir com os outros, saber o que os outros estão fazendo, dizendo? É uma mente muito superficial que fofoca, não é? – uma mente inquisitiva que está direcionada erroneamente. O interrogante parece considerar que os outros se revelaram a ele por seu interesse neles – nos seus feitos, seus pensamentos, suas opiniões. Mas nós conhecemos os outros se não conhecemos a nós mesmos? Podemos julgar os outros, se não conhecemos o caminho de nosso próprio pensar, o modo como agimos, o modo como nos comportamos? Por que esta extraordinária preocupação com os outros? Não é uma fuga, realmente, este desejo de descobrir o que os outros estão pensando e sentindo e falar a respeito? Isto não nos oferece uma fuga de nós mesmos? Não existe aí também o desejo de interferir na vida dos outros? Nossa própria vida não é suficientemente difícil, suficientemente complexa, suficientemente dolorosa, sem lidar com os outros, interferir com os outros? Há tempo para pensar nos outros desta maneira fofoqueira, cruel, feia? Por que fazemos isto? Você sabe, todo mundo faz. Praticamente todo mundo faz fofoca sobre alguém. Por quê? Eu penso, primeiro de tudo, fofocamos sobre os outros porque não estamos suficientemente interessados no processo de nosso próprio pensar e de nossa própria ação. Queremos ver o que os outros estão fazendo e talvez, falando gentilmente, imitá-los. Em geral, quando fofocamos é para condenar os outros, mas, ampliando caridosamente, é talvez para imitar os outros. Por que desejamos imitar os outros? Isto tudo não indica uma extraordinária superficialidade de nossa parte? É uma mente extraordinariamente estúpida que quer excitação, e sai dela mesma para conseguir. Em outras palavras, fofocar é uma forma de sensação, não é? – à qual nos permitimos. Pode ser um tipo diferente de sensação, mas existe sempre este desejo de encontrar excitação, distração. Se a pessoa entra de fato profundamente nesta questão, volta para si mesma, o que mostra que a pessoa é realmente extraordinariamente superficial e busca excitação do lado de fora falando dos outros. Pegue a si mesmo da próxima vez em que estiver fofocando sobre alguém; se você estiver atento, isto lhe indicará um pedaço terrível de você mesmo. Não disfarce isto dizendo que você é simplesmente inquisitivo. Isto indica inquietude, uma sensação de excitação, superficialidade, falta de interesse real e profundo nas pessoas que nada tem a ver com fofocar.

Krishnamurti to Himself Ojai California Tuesday 10th March, 1983

Krishnamurti: Estar aberto é ouvir



Estar aberto é ouvir.

Quem se importa em ouvir os problemas dos outros? Temos tantos problemas nossos que não temos tempo para os problemas dos outros. Para fazer o outro ouvi-lo você tem que ou pagar em dinheiro, em oração, ou em crença. O profissional ouvirá, é seu trabalho, mas aí não há alívio duradouro. Queremos nos aliviar livremente, espontaneamente, sem qualquer remorso depois. A purificação da confusão não depende daquele que ouve, mas daquele que deseja abrir seu coração. Abrir o coração é importante, e ele encontrará alguém, um mendigo talvez, com quem possa desabafar. A conversa introspectiva nunca abre o coração; ela é limitada, depressiva e completamente inútil. Estar aberto é ouvir, não só a você mesmo, mas a toda influência, a cada movimento sobre você. Pode ser ou pode não ser possível fazer alguma coisa tangível a respeito do que você ouve, mas o próprio fato de estar aberto gera sua própria ação. Tal ouvir purifica seu próprio coração, limpando-o das coisas da mente. Ouvir com a mente é fofoca, e nisto não há alívio nem para você nem para o outro; é simplesmente uma continuação da dor, o que é estupidez.

J. Krishnamurti - Commentaries on Living Series I Chapter 56, Possessiveness




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Reflexão do dia

--- (reflexão) ---


 
Nossos inimigos não são os que nos odeiam,
mas aqueles que nós odiamos...


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Um ex-presidiário de um campo de concentração nazi
foi visitar un amigo que havia compartilhado com
ele tão penosa experiência.

”Já esqueceste os nazis?”
perguntou ao seu amigo.
“Sim”, disse ele.

”Pois eu não. Ainda continuo a odiá-los
com toda a minha alma.”

Seu amigo disse-lhe calmamente:

”Então…
 ainda te mantens prisioneiro”!!!


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Origens do Advaita (não-dualidade)

Aum (Mantra Om)
 

Origens do Advaita (não-dualidade) nos textos Védicos:

O Self que é livre do pecado, livre da velhice, da morte e do pesar, da fome e da sede, que não deseja nada além do que deseja, e que não imagina nada, além do que imagina, isso é o que devemos procurar, isso é o que devemos tentar compreender. Aquele que descobriu esse Self e o compreende, obtém todos os mundos e todos os desejos. (Chandogya Upanishad 8.7.1)

Tudo isso é Brahman. Deixe um homem meditar nisso (no mundo visível) como começando, terminando e respirando nele (Brahman)... ( Chandogya Upanishad 3.14 1, 3)

O Self separado dissolve-se no mar da pura conSciência, infinita e immortal. A separatividade provém do identificar o Self com o corpo o qual é feito de elementos; quando a identificação física se dissolve, não pode haver mais um Self separado. É isso que eu quero dizer a vocês. (Brihadaranyaka Upanishad. Chapter 2, 4:12)

Assim como os rios que fluem para o leste e para o oeste se fundem no oceano e se tornam um com ele, esquecendo que eles eram rios separados, assim também todas as criaturas perdem sua separatividade quando se fundem finalmente no puro Ser. (Chandogya Upanishad. 10:1-2)

O que o sábios procuravam eles finalmente encontraram. Nenhuma pergunta a mais eles tem a fazer para a vida. Com a vontade própria extinta eles estão em paz. Vendo o Senhor do Amor em tudo a sua volta, servindo ao Senhor do Amor em tudo a sua volta eles estão unidos com ele para sempre. (Mundaka Upanishad. 3:2:5)

…Mas aqueles que me adoram com Amor vivem em mim, e eu passo a viver neles. Aquele que me conhece como seu próprio Self divino se desvencilha da crença de que ele é o [seu] corpo e não renasce como uma criatura separada. Este está unido comigo. Libertos do apego egoísta, medo e raiva, preenchidos de mim, rendidos a mim, purificados no fogo do meu ser, muitos alcançaram o estado de unidade comigo. (Bhagavad Gita 4:9-10)

E este Self, que é pura conSciência, é Brahman. Ele é Deus, todos os deuses: os cinco elementos – terra, ar, água, fogo, éter; todos os seres, grandes ou pequenos, nascidos de ovos, nascidos de úteros , nascidos do calor, nascidos do solo, cavalos, gado, homens, elefantes, pássaros; tudo que respira, os seres que andam e que não andam . A realidade por detrás de tudo isso é Brahman que é pura conSciência. Todos estes enquanto estão vivos e depois que deixaram de viver, existem nele. (Aitareya Upanishad)

Quando identificado com o ego, o Self parece outra coisa diferente do que ele é. Pode parecer mais fino que um fio de cabelo. Mas saiba que o Self é infinito. (Shvetashvatara Upanishad. 5:8-9)

O Self supremo nem nasce nem morre. Nao pode ser queimado, movido, perfurado, cortado ou seco. Além de todos os atributos, o Self supremo é a eterna testemunha, sempre puro, indivisível, único (não-composto), muito além dos sentidos e do ego... Ele é omnipresente, além de todos os pensamentos, sem ação no mundo externo, sem ação no mundo interno. Separado do externo e do interno, esse Self supremo purifica o impuro. (Atma Upanishad. 3)

Apesar de todas as galáxias emergirem dEle, Ele não tem forma e é incondicionado. (Tejabindu Upanishad. 6)

Medite e compreenda que esse mundo é preenchido com a presença de Deus. (Shvetashvatara Upanishad. 1:12)

Você é o Brahman supremo, infinito, e mesmo assim escondido no coração de todas as criaturas. Você permeia tudo. (Shvetashvatara Upanishad. 3:7)

“Aquilo em quem residem todos os seres e que reside em todos os seres, aquele que é o doador das graças para todos, a Alma Suprema do universo, o ser ilimitado – eu sou Aquilo." Amritbindu Upanishad

“Aquilo que permeia tudo, que nada transcende, e o qual, como o espaço universal à nossa volta, preenche completamente tudo, por dentro e por fora, esse Brahman Supremo não-dual – isso és Tu.” Shankara


Trecho retirado do Nisargadatta Brasil




A palavra Vedanta vem de "Vedas - livros sagrados da antiga Índia" e "anta - final", ou seja, é a culminação dos Vedas, a parte final e mais avançada dos Vedas. Há ainda um outra possibilidade de entendimento para o termo, significando a associação de textos complementares "ao final" do corpo principal dos Vedas. Os textos complementares em questão seriam as Upanishads.

Advaita literalmente significa "não dois", não dual; é um sistema filosófico que sustenta a não realidade, ou ilusão, de tudo aquilo que não seja a Consciência Suprema, Eterna e Infinita (Brahman). Seu consolidador foi Shankara (788-820). Shankara expôs suas teorias baseadas amplamente nos ensinamentos dos Upanishads e de seu guru Gaudapada. Através da análise da consciência experimental, ele expôs a natureza relativa do mundo e estabeleceu a realidade não dual ou Brahman, na qual Atman (a alma individual) ou Brahman (a realidade última) são absolutamente identificadas. Não é meramente uma filosofia, mas um sistema consciente de éticas aplicadas e meditação, direcionadas à obtenção da paz e compreensão da verdade. Adi Shankara acusou as castas e seus rituais de insignificantes e tolos, e em sua própria maneira carismática, suplicou aos verdadeiros devotos a meditarem no amor de Deus e alcançarem a verdade.


Fonte: Wikipédia

A ignorância somente cria mais ignorância

 
 A ignorância somente cria mais ignorância


Até que nós comecemos a quebrar este círculo vicioso da ignorância que somente cria mais ignorância, a autoconfiança não poderá promover a libertação da dor. Contudo, para entender esta continuidade da ignorância e da dor, cada um tem de se tornar completamente autoconfiante para ser capaz de explorar o desejo, o medo, as tendências, as memórias e assim por diante. A mera autoexpressão não é criatividade, e para se ser verdadeiramente criativo, é necessário entender o processo do eu e então ser livre dele. Através de séria conscientização do que realmente está se expressando, nós começamos a entender as causas limitadas do passado que controlam o presente, e neste entendimento esforçado vem uma libertação da causa da ignorância. A verdadeira autoconfiança, não a autoconfiança com o propósito de uma mera expressão agressiva do eu, pode acontecer somente através da compreensão do processo do desejo, com seus valores limitantes, medos e esperanças; então a autoconfiança tem grande significado, pois através de uma própria conscientização esforçada existe totalidade, plenitude.

 
On Relationship, Krishnamurti

Robert Happé: Redesenhando nossas intenções


Redesenhando nossas intenções

Estamos embarcando numa época onde nos é oferecido o máximo de oportunidade para participar mais conscientemente nas mudanças que estão acontecendo no mundo todo.
A jornada para casa, conhecida como a ascensão, é se tornar totalmente consciente de quem você é e quem você representa.
Isto é aprendido através das experiências e situações que atraímos no nosso dia a dia, integrando e harmonizando tudo que vem no nosso caminho.
Você saberá pela sua reação às experiências o nível da sua consciência. Permitindo assim, fazer ajustes.
Não podemos evoluir sem transmutar, e o jogo agora é equilibrar desafios pessoais, bem como desafios sociais, educacionais e econômicos.
Tudo esta voltando para ser transformado e amado novamente.
Amor é aquele incrível poder que cura tudo que parece estar quebrado.
Com o aumento das energias da Luz Cósmica, que estimula a mudança, muitos irão responder e começar a reconhecer e se reconectar com as habilidades que existem dentro de si.
Quando aprendemos a confiar em nos mesmos, entramos em contato com energias e qualidades que irão nos ajudar, e consequentemente ajudar a humanidade na preparação em se tornar civilizada.
É a nossa intuição que nos oferece a consciência destes processos, estimulando a compreensão, assim podemos encontrar novas formas de como nos relacionar uns com outros. Permitindo-se experimentar a natureza humana num nível superior. Desejando ajudar e auxiliar no redesenho das nossas verdadeiras intenções de vida.
Nossa condição humana é tal, que a forma como nos expressamos é pesadamente ofuscada pelos ideais culturais e crenças do passado.
Entretanto quanto mais pessoas se elevarem ao desafio de conectar-se com o aspecto espiritual do seu ser, elas logo evoluirão das idéias e valores do passado até o ponto onde irão experienciar a transformação e reconhecerão a todos como parte essencial do todo.
É claro que conforme despertamos nos tornamos conscientes da imensa corrupção no mundo todo, dos nossos lideres nos bancos, nos governos, e nas igrejas religiosas, e o controle e a manipulação em todo nível de existência. Tem sido assim por milhares de anos, mas agora muitos começam a ver e o despertar começou.
Isso tudo chama nossa atenção para ser purificado!!!
Quando fazemos uma respiração profunda a respeito destes desafios e focamos em produzir soluções dentro dos problemas que compartilhamos, o mundo alcançara a ascensão de uma forma suave.
Quando mais pessoas fizerem a escolha de se expressar com amor ao invés de medo, todas as diferenças se equilibrarão em harmonia.

Robert Happé


Eckhart Tolle: Qual é a minha responsabilidade?


Eckhart Tolle

Imagine a Terra sem a vida humana, habitada apenas por plantas e animais. Será que ainda haveria passado e futuro? Será que as perguntas “que horas são?” ou “que dia é hoje?” teriam algum sentido para um carvalho ou uma águia? Acho que eles ficariam intrigados e responderiam: “Claro que é agora. A hora é agora. O que mais existe?”
(do livro “O Poder do Agora”)



(click em CC e deixe-o vermelho para legendar o vídeo)
(As vezes é necessário apertar o "play" para aparecer a opção CC)

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Krishnamurti - Gravado em San Diego em 1970



Krishnamurti

Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma
sociedade profundamente doente



J Krishnamurti San Diego 1970 Talk 1 Portugues from jkemportugues on Vimeo.



Osho: Não procure ser bom, procure ser consciente


Osho



Você pode sobreviver,mas sobrevivência não é vida.




 
Osho nos ensina justamente o contrário: encontre a divindade dentro de si e o bom virá espontaneamente. Aponta-nos também o valor da moralidade para a sociedade, mas não para o indivíduo...



Krishnamurti: Quem sou eu?



Jiddu Krishnamurti


Jiddu Krishnamurti - legendas Português

Krishnamurti em :"Quem sou eu?"



Osho: Vendendo felicidade

Osho

Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se - é sempre um rio fluindo, interminável."



Osho: Vendendo felicidade - legendado

Não seguindo o conselho do mestre, baixei, legendei, e ofereço o que justamente não poderia oferecer: "felicidade grátis". Porém, poucos são vulneráveis. Osho me perdoe. (comentário do canal)

Eckhart Tolle - Entrevista no The Hour

Eckhart Tolle


Eckhart Tolle - Entrevista no The Hour - legendas em português


(click em CC e deixe-o vermelho para legendar o vídeo)
(As vezes é necessário apertar o "play" para aparecer a opção CC)


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Papaji - Me mostre Deus

Papaji


Posto este vídeo pela sua metáfora, uma boa definição...

Papaji - Me mostre Deus (legendas em português)


.....

Osho: O homem não é uma ilha, ele é parte de toda essa unidade


 
 
O homem não é uma ilha, ele é parte de toda essa unidade.

Nem mesmo os melhores relógios feitos pelo homem mostram o tempo tão precisamente como faz a Terra. Leva vinte e três horas e cinquenta e seis minutos para a terra dar uma volta em torno de seu eixo. Com base nesse período de tempo projetamos um dia de vinte e quatro horas. E até agora não se tem conhecimento que a Terra tenha atrasado ou adiantado um segundo sequer para completar sua revolução. Mas a razão é que não temos tido recursos totalmente precisos com os quais estudar esse fenômeno, desse modo, temos feito apenas estimativas grosseiras. Mas quando o ciclo de noventa anos do sol se completa e se reajusta para um novo ciclo, o relógio da terra é agitado. Na hora em que o sol experimenta um aumento da radiatividade, durante seu ciclo de onze anos, o relógio da Terra também é perturbado. Quando a Terra fica sob a influência de tais forças externas seu ritmo interno é perturbado. Qualquer nova influência cósmica como uma estrela, um meteoro ou um cometa passando perto da Terra também o perturba. Em uma escala cósmica, coisas muito distantes no céu estão realmente muito perto porque tudo está interconectado de uma forma invisível.

Contudo, a habilidade de nossa linguagem de expressar esse fenômeno é muito débil porque quando dizemos que uma estrela chega um pouco mais perto do nosso sol, pensamos nisso no sentido ordinário de uma pessoa chegando mais perto de outra pessoa. Ainda assim, essas distâncias são muito grandes, mesmo uma ligeira mudança nas distancias entre objetos cósmicos e o eixo da terra é perturbado - embora possamos não estar absolutamente cônscios disso. Para perturbar a Terra, uma grande força é necessária. Para um desvio de uma polegada na Terra, poderosos corpos cósmicos precisam passar perto de sua órbita.

Quando esses grandes corpos cósmicos passam perto da Terra, eles também passam perto de nós. Quando a Terra é sacudida, não é possível que as árvores que estão crescendo nela não se agitem. Não é possível que o ser humano que vive e caminha nela não seja afetado. Não, tudo é afetado, mas a agitação é muito rápida, e o homem não possui instrumentos para mensurá-la.

Contudo, agora temos instrumentos eletrônicos tão sensíveis, que uma vibração de um milésimo de segundo de duração também pode ser medida. Mas a vibração no ser humano ainda não pode ser medida. Até agora não temos feito quaisquer instrumentos com os quais mensurá-la.

O homem é uma criatura muito sutil e é necessário que ele seja assim; senão seria difícil para ele viver na Terra. Se ele fosse capaz de experienciar e de estar cônscio de toda a influência das forças que o cercam e agem sobre ele vinte e quatro horas do dia, ele não sobreviveria. Somos capazes de viver apenas porque não estamos cônscios de tudo que está acontecendo ao nosso redor.

Osho


Osho - Mistérios Escondidos, Capítulo 6 (artigos)

Krishnamurti: Como encontrastes Deus?


 
Como encontrastes Deus? "Krishnamurti não nega a existência de Deus"

Pergunta: Como encontrastes Deus?

Krishnamurti: Como sabeis, senhor, que eu encontrei Deus? Não riais, senhores. Esta pergunta é muito séria. Senhor, Deus pode ser conhecido? Deus pode ser achado? Prestai atenção, por favor. Deus é uma coisa que anda perdida e que temos de achar? Pode-se reconhecer aquela Realidade, aquele Deus? Se podeis reconhecê-la, então já tendes conhecimento dela; e se já tendes conhecimento dela, não é coisa nova. Se sois capaz de conhecer (experience) Deus, a Verdade, essa experiência é gerada pelo passado, e por conseguinte já não é a verdade e, sim, meramente, uma “projeção” da memória. A mente é produto do passado, do conhecimento, da experiência, do tempo; a mente pode criar Deus; ela pode dizer: “sei que isto é Deus”, “sei que tive a experiência de Deus”, “sei que há Deus, a voz de Deus me fala”. Mas isso é só memória, - a antiga reação do vosso condicionamento. A mente pode inventar Deus e pode experimentar Deus. A mente que é resultado do conhecido pode “projetar-se” e criar toda a sorte de imagens e visões; tudo isso, porém, se acha na esfera do conhecido. Deus não pode ser conhecido. Ele é totalmente desconhecido. Não pode ser “experimentado”. Se quando não há “experimentador” e não há “experiência”, só então pode a Realidade aparecer. É só quando a mente se acha no “estado do desconhecido” que pode surgir o desconhecido. Só depois de se apagar toda experiência, todo conhecimento, está a mente verdadeiramente tranqüila, silenciosa, e nessa tranqüilidade, que é imensurável, nessa tranqüilidade, nasce Aquilo que não tem nome.
14 de fevereiro de 1954


Livro: AS ILUSÕES DA MENTE (páginas 55, 56)
Autor: J. Krishnamurti
Edições de Ouro

Krishnamurti: Autoridade





Autoridade

Se um homem deseja obedecer e seguir a um outro, ninguém pode impedi-lo; porém é o superlativo da falta de inteligência e leva a grande infelicidade e frustração.

Se aqueles de vocês que estão me ouvindo, começarem a pensar real e profundamente sobre a autoridade, não mais seguirão a ninguém, inclusive a mim próprio. Como disse, porém, é muito mais fácil seguir e imitar do que, realmente, libertar o pensamento da limitação do medo, e bem assim, da compulsão e da autoridade.

Admitir a autoridade é abandonar-se à influência de outros, o que implica sempre o propósito, o desejo de se obter algo em retorno; ao passo que na outra há absoluta insegurança; e como as pessoas preferem a ilusão do conforto, da segurança, seguem a autoridade com sua frustração. Se, porém, a mente discerne a ilusão do conforto ou da segurança, nasce a inteligência, o desconhecido, a essência da vida.

Krishnamurti


click na imagem para vê-la maior

Amit Goswami: Existe livre-arbítrio?

Neste video legendado, Amit Goswami aborda suas idéias sobre livfre-arbítrio




(click em CC e deixe-o vermelho para legendar o vídeo)
(As vezes é necessário apertar o "play" para aparecer a opção CC)

Meditação em um instante

Meditação em um instante - legendado

Prática de meditação que o Dr.Benson, professor de medicina e fundador do Instituto de Medicina Mente-Corpo em Harvard, preconiza há décadas e chama de "micromeditações". Aqui eles chamam de "meditação em um instante". Vale a pena ver a animação.
A prática frequente da meditação fortalece os circuitos cerebrais relacionados ao estado de meditação de tal forma que, "ao querer meditar", você imediatamente entra em um estado profundo de meditacão e um segundo meditando faz completa diferença!!!


O próprio assumir uma atitude é resistência


 
    Imagino o que queremos dizer com atitude. Por que queremos uma atitude? O que significa atitude? Assumir uma posição, chegar a uma conclusão. Tenho uma atitude em relação a alguma coisa, o que significa que cheguei a uma conclusão depois de estudar, depois de planejar, depois de examinar, depois de esquadrinhar uma questão. Cheguei a este ponto, a esta atitude, o que significa que o próprio assumir uma atitude é resistência; portanto isso em si é violência. Não podemos ter uma atitude em relação à violência ou hostilidade. Isso significa que você está interpretando-a de acordo com sua conclusão particular, fantasia, compreensão, imaginação. O que estamos dizendo: é possível olhar esta hostilidade na própria pessoa, esta entidade criadora em si mesma, esta violência, esta brutalidade em si mesmo sem qualquer atitude, olhar o fato como ele é? No momento em que você tem uma atitude, já está prejudicado, tomou um lado e, portanto, não está mais olhando, não está mais compreendendo esse fato em você mesmo. Assim, senhor, olhar para a própria pessoa sem uma atitude, sem qualquer opinião, julgamento, avaliação, é uma das tarefas mais difíceis. Neste olhar existe clareza e é essa clareza que não é uma conclusão, nem atitude, que dissipa toda esta estrutura de brutalidade e hostilidade.


Talks in Europe 1968 Amsterdam 5th Public Talk 22nd May 1968 


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Krishnamurti: "Este é o meu segredo: eu não me importo com o que acontece"

Jiddu Krishnamurti

Texto retirado do livro: O despertar de uma nova consciência do autor Eckhart Tolle.

Sem nos importarmos com o que acontece

J. Krishnamurti, o maior filósofo e mestre espiritual indiano, proferiu palestras e trabalhou quase continuamente por todo o mundo durante mais de 50 anos, tentando transmitir por meio das palavras – que representam o conteúdo – o que está além delas, além do conteúdo. Numa de suas apresentações, já no final de sua vida, ele surpreendeu o público perguntando: “Vocês querem conhecer o meu segredo?”

Todos os presentes ficaram atentos. Muitas pessoas na platéia vinham acompanhando suas palestras ao longo de 20 ou 30 anos e ainda não haviam conseguido captar a essência do seu ensinamento. Por fim, depois de todos aqueles anos, o mestre lhes daria a chave para a compreensão: “Este é o meu segredo: eu não me importo com o que acontece”, disse ele.

Como ele não explicou mais nada, desconfio de que a maior parte de seu público ficou ainda mais perplexa do que antes. As implicações dessa simples afirmação, entretanto, eram profundas.

O que está implícito quando dizemos que não nos importamos com o que acontece? Simplesmente que no nosso interior estamos alinhados com o que acontece. “O que acontece” refere-se, é claro, à especificidade do momento, que é sempre como é. Trata-se de uma menção ao conteúdo, à forma que esse momento assume. Estarmos alinhados com O QUE É significa estarmos numa relação de não-resistência interna com os acontecimentos. Isso significa não rotular essa realidade mentalmente como boa nem má, e sim deixa-la ser o que é. Isso quer dizer que não devemos mais agir para provocar mudanças nas nossas vidas? Ao contrário. Quando a base para as nossas ações é o alinhamento interior com o momento presente, elas se tornam fortalecidas pela inteligência da Vida em si.
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David Lynch - Consciência, Criatividade e Cérebro

“Através da Meditação Transcendental o cérebro humano pode experimentar aquele nível de inteligência que é um oceano de todo o conhecimento, energia e bem-aventurança.” Maharishi


David Lynch


Apresentação de David Lynch na Universidade de Berkeley, Califórnia, em 2005, sobre Meditação e Criatividade. Legendado em Português.

O VÍDEO JÁ ESTÁ LEGENDADO E EM PLAYLIST AUTOMÁTICO. (11 PARTES JÁ INTEGRADAS)




David Keith Lynch (Missoula, 20 de janeiro de 1946) é um diretor, roteirista, produtor, artista visual, músico e ocasional ator norte-americano. Conhecido por seus filmes surrealistas, ele desenvolveu seu próprio estilo cinematográfico, que foi chamado de "Lynchiano", que é caracterizado por imagens de sonhos e meticuloso desenho sonoro. Na verdade, o surreal e, em muitos casos, os elementos violentos de seus filmes lhes deram a reputação de "perturbar, ofender ou mistificar" seus públicos.[1]
Nascido em uma família de classe média em Missoula, Montana, Lynch passou sua infância viajando pelos Estados Unidos, antes de ir estudar pintura na Academia de Belas Artes da Pensilvânia na Filadélfia, onde ele fez a transição para produzir curtas. Decidindo dedicar-se mais totalmente a esse meio, ele se mudou para Los Angeles, onde ele produziu seu primeiro filme, o terror surreaslita Eraserhead (1977). Depois de Eraserhead se tornar um clássico cult no circuito de filmes da meia noite, Lynch foi contratado para dirigir The Elephant Man (1980), a partir do qual ele conseguiu sucesso comercial. Depois de ser contratado pela De Laurentiis Entertainment Group, ele procedeu para fazer mais dois filmes: o épico de ficção científica Dune (1984), que foi um fracasso de crítica e bilheteria, e o filme de crime neo-noir Blue Velvet, que foi muito aclamado.
Procedendo para criar sua própria série de televisão com Mark Frost, a altamente popular Twin Peaks (1990-1992), ele também criou a prequela cinematográfica Twin Peaks: Fire Walk with Me (1992); um filme de estrada, Wild at Heart (1990), e um filme de família, The Straight Story (1999), no mesmo período. Se virando mais profundamente para o surrealismo, três de seus filmes seguintes trabalharam na estrutura não-linear da "lógica do sonho", Lost Highway (1997), Mulholland Drive (2001) e Inland Empire (2006). No meio tempo, Lynch procedeu para abraçar a internet como um meio, produzindo vários programas para a web, como a animação DumbLand (2002) e o sitcom surreal Rabbits (2002).

wikipédia


O que é exatamente a Meditação Transcendental?

Maharishi: A Meditação Transcendental é um programa simples e natural para a mente, uma marcha espontânea e sem esforço da mente até sua própria essência ilimitada. Através da Meditação Transcendental a mente revela seu potencial para uma consciência ilimitada, consciência transcendental, Consciência de Unidade – um campo avivado de todo o potencial, onde toda possibilidade está naturalmente disponível à mente consciente. A mente consciente se torna consciente de sua própria dignidade ilimitada, sua essência ilimitada, seu potencial infinito.
A Meditação Transcendental oferece um caminho para a mente consciente sondar todo o alcance de sua existência – ativa e silenciosa, ponto e infinito. Não é um conjunto de crenças, uma filosofia ou uma religião. É uma experiência, uma técnica mental que a pessoa pratica todos os dias por quinze a vinte minutos. (fonte)


Meditação Transcendental – Como Fazer

A meditação transcendental foi criada pelo guru indiano Maharishi Mahesh Yogi é uma técnica onde conseguimos relaxar e entrar em harmonia com nosso corpo e nosso espírito. Muitas celebridades adotaram em suas rotinas a prática da meditação transcendental e garantem que os resultados são impressionantes.

Confira abaixo o passo a passo de como fazer a meditação transcendental de Maharishi.

Passo 1. Primeiro encontre um lugar tranquilo, desligue o celular, o ambiente ideal deve ter silêncio.Sinta-se confortável.

Passo 2. Sente-se da maneira mais confortável e feche os olhos.

Passo 3. Preste atenção em sua respiração. Procure inspirar profundamente e expirar lentamente.

Passo 4. Repita mentalmente o seu próprio mantra. Caso você não o conheça, a repetição do clássico “Om” também serve.

Passo 5. Tente não desviar o pensamento , caso aconteça, procure concentrar-se novamente em sua respiração e no mantra.

Nota: Para obter bons resultados com a Meditação Transcendental, o ideal é praticá-la duas vezes ao dia, durante 20 minutos.


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