"Longe é um lugar perto que se chega com paciência."
(Fábio Ibrahim El Khoury)

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Jiddu Krishnamurti - Uma busca inútil

Jiddu Krishnamurti


Uma busca inútil

Enquanto pensarmos em termos de tempo, haverá medo da morte. Eu aprendi, mas não cheguei ao ponto final e, antes de morrer, devo encontrá-lo; e se não o encontrar antes de morrer, pelo menos eu espero encontrar na próxima vida, e assim por diante. Todo nosso pensar se baseia no tempo. Nosso pensar é o conhecido, é o resultado do conhecido, e o conhecido é o processo do tempo; e com essa mente estamos tentando descobrir aquilo que é para ser imortal, fora do tempo, o que é uma busca inútil. Isto não tem significação exceto para filósofos, teóricos e especuladores. Se eu quiser descobrir a verdade, não amanhã, mas de fato, diretamente, não deve o eu, o ego que está sempre juntando, lutando, e dando a si mesmo uma continuidade pela memória, ele não deve cessar? Não é possível morrer enquanto se está vivo, não perder a memória artificialmente, o que é amnésia, mas realmente cessar de acumular através da memória e, assim, parar de dar continuação ao "eu"? Vivendo neste mundo, que é do tempo, não é possível para a mente produzir, sem nenhuma forma de compulsão, um estado em que o experimentador e a experiência não têm base? Enquanto existir o experimentador, o observador, o pensador, haverá o medo de findar e, consequentemente, da morte. E assim, se for possível para a mente conhecer tudo isto, estar totalmente cônscia disto e não simplesmente dizer: "Sim, isto é simples", se a mente puder estar cônscia de todo o processo da consciência, ver a total significação da continuidade e do tempo, e da futilidade desta busca através do tempo para descobrir aquilo que está fora do tempo - se ela puder estar cônscia de tudo isso, então pode haver a morte que é realmente uma criatividade fora do tempo. 

J. Krishnamurti, The Book of Life


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O barqueiro e o sábio - reflexão




Um sábio atravessava de barca um rio e, conversando com o barqueiro, perguntava: "Diga-me uma coisa: você sabe botânica?" O barqueiro olhava para o sábio e respondia: "Não minto, não senhor; não sei que história é essa". "Você não sabe botânica, a ciência que estuda as plantas?" "Mas que pena! você perdeu uma parte de sua vida!" O barqueiro continuou remando. Depois de um pouco, perguntou novamente o sábio: "Diga-me uma coisa: você sabe astronomia?" O coitado do caiçara cocou a cabeça, olhou de um lado, olhou de outro, e disse: "Não, não, senhor; não sei o que é astronomia". "Astronomia é a ciência que estuda os astros, o espaço, as estrelas". "Que pena! você perdeu parte de sua vida!" E assim foi perguntando um pouco de cada ciência; se o barqueiro sabia sociologia, física, química, e de nada o barqueiro sabia. E o sábio sempre terminava com o seu rifão: "Que pena! você perdeu parte de sua vida!" De repente o barco bateu de encontro a uma pedra, rompeu-se e começou a afundar. O barqueiro perguntou ao sábio: "O senhor sabe nadar?" "Não, não sei". "Que pena! o senhor perdeu sua vida inteira!".


Trecho do livro: Hei de Vencer, de Arthur Riedel


Reflexão - O poder das palavras




O poder das palavras

Sempre num lugar onde passavam muitas pessoas, um mendigo sentava-se na calçada e ao lado colocava uma placa com os dizeres:

'Vejam como sou feliz!'

'Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado.'

Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.

Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:

'Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?'

'Vamos lá. Só tenho a ganhar', respondeu o mendigo.

Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.

Daí pra frente sua vida foi uma sequência de sucessos e há certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.

Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.

Contou ele: -Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:

'Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!'

As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:

'Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero.'

Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:

'Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado.'

E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.

Uma repórter ironicamente questionou: - O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?

Respondeu o homem, cheio de bom humor: 'Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!'





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Vídeo: Eckhart Tolle e seu despertar interior



Trecho do dvd "Simple Truth" no qual Tolle descreve o que ocorreu nos seus 29 anos, como ele teve o despertar interior e com isso ficou completamente em paz. Tolle também escreveu o livro o PODER DO AGORA,um livro precioso para ser lido várias vezes e praticado. Um livro que explica muito bem o poder da meditação e a necessidade desta prática na vida diária.



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