"Longe é um lugar perto que se chega com paciência."
(Fábio Ibrahim El Khoury)

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Como acabamos com o medo?





Como acabamos com o medo?

Estamos discutindo uma coisa que necessita de sua atenção, não de sua concordância ou discordância. Estamos olhando a vida muito rigorosamente, objetivamente, claramente – não de acordo com seu sentimento, sua fantasia, o que você gosta ou não gosta. É o que gostamos e não gostamos que criou esta miséria. Tudo que estamos dizendo é isto: “Como acabamos com o medo?”. Esse é um de nossos grandes problemas, porque se um ser humano não pode acabar com isto, ele vive na escuridão eterna, não eterna no sentido cristão, mas no sentido comum; uma vida é boa o suficiente. Para mim, como ser humano, deve haver uma saída e não pela criação de uma esperança no futuro. Posso eu como ser humano acabar com o sofrimento, totalmente; não aos poucos? Provavelmente você nunca se fez esta pergunta, e provavelmente não a fez porque não sabe como sair disto. Mas se você fez essa pergunta muito seriamente, com a intenção de descobrir não como acabar com isto, mas com a intenção de descobrir a estrutura e a natureza do medo, no momento em que descobriu, o medo em si chega a um fim; você não tem que fazer nada com ele. Quando estamos conscientes dele e entramos em contato com ele diretamente, o observador é o observado. Não existe diferença entre o observador e a coisa observada. Quando o medo é observado sem o observador, há ação, mas não a ação do observador atuando sobre o medo.

- Krishnamurti, J. Krishnamurti, The Book of Life

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